O relógio marcava cinco e meia da manhã quando acabei de ver Awkward. Não tinha sono, aliás, sentia uma falsa energia como se tivesse bebido litros de redbull. O cérebro não queria desligar e eu dificilmente me aguentava em pé. O sol ameaçava aparecer e lá fora não havia réstia daquela escuridão habitual. Fui para a varanda do meu quarto, mal por mal ficava a olhar para a cidade adormecida. Nunca antes tinha gostado tanto do que senti. A calma, o silêncio, até a brisa que me fez ir buscar o casaco. Os meus companheiros juntaram-se a mim e ficámos ali os três só a olhar.
Quando decidi voltar para a cama pouco passava das seis. Demorou para adormecer mas consegui tréguas com o ser pensante que não parava de matutar sobre assuntos que não lembram nem ao menino Jesus.
Conclusão da história, cinco horas depois já eu estava a pé para levar uma carta a uma pessoa que se tornou muito importante para mim nos últimos tempos e que eu não sabia quando voltaria a ver, portanto, ou era hoje ou não era. Agora é aguardar a resposta enquanto visito a minha Gaga e talvez, quem sabe, a Tara Savelo se junte a nós para uma bela chávena de chá. Espero não parecer um zombie no mundo dos sonhos já que aqui corro o risco de me ver ao espelho e ficar traumatizada.
Aviso: se disse alguma coisa sem sentido perdoem-me, estou mesmo atordoada.